quarta-feira, 17 de junho de 2009

Super Heróis...

Segue bela coluna do Jota Christianini postado no 3vv dia 11 de junho...

Super homens ou super normais? POR JOTA CHRISTIANINI

Li, escrito pelo Manoel Gomes, da comunidade palmeirense do Orkut, um texto que considero mais que um causo, uma reflexão sobre nossos herói.

Manoel inspirou-se no livro Contos de Batman, de vários autores, onde até Isaac Asimov escreveu lá.

Leiamos:

Numa caverna super protegida aqueles que conheciam tudo dos super heróis modernos - Bruce Wayne, Clarck Kent e outros - discutiam;

Eram super-homens ou heróis super normais?

Exemplificavam:

Sempre houve personagens como Hércules, Aquiles Gilgamesh, Tristão (...) Há cerca de meio século vimos o surgimento de Conan, de Robert Howard, na forma de uma lenda moderna. Todos esses heróis são incomparavelmente mais fortes do que qualquer um de nós, pobres mortais. Mas não são divinos. Eles podem ser feridos, e até mesmo mortos. E é o que normalmente acaba acontecendo.

Discordavam:

Mas na Ilíada os deuses podiam ser feridos. Ares e Afrodite foram feridos por Diomedes ...

Replicavam: Não podemos negar a Homero algumas liberdades. Mas compare, digamos, Hércules com Super-Homem. O Super-Homem tem olhar de raio-x, voa no espaço sem qualquer protecão, consegue mover-se mais rápido que a luz. Nada disso acontece a Hércules. Mas com os poderes do Super-Homem, onde fica a emoção? Onde fica o suspense? Aliás, onde fica a justiça? Ele luta contra insetos humanos que são menos para ele do que um besourinho é para mim. Como posso ter orgulho de tirar um besourinho do meu pulso com um peteleco?

E daí?

E daí? E o nosso Palmeiras, o que tem com tudo isso?



Daí que nossa história não tem homens sobrenaturais. Tem homens super normais que lutaram, que foram feridos, que venceram e que efetivamente construíram a grandeza deste clube.

Daí que foram homens que não tinham super poderes.

Que machucavam as mãos, como Oberdan; que choravam ou exalavam garra como Jair Rosa Pinto; que gladiavam como Dudu ou Waldemar Carabina.



Que eram vaiados, xingados e depois aplaudidos como Julinho Botelho.

Que eram perseguidos e xingados, como Galeano, que nunca desistiu!

Que choram no vestiário antes dos jogos, dizendo que quebrariam a própria perna se fosse necessário, como nosso santo São Marcos.

Amigos, quando estiverem no estádio lembrem-se que ali teremos 11 guerreiros de verde, mas são pessoas normais. Sofrem, sentem dor, sentem fome, ficam depressivos, precisam de apoio.

E se superam, como aquele rapaz filho do vento, Euler. Ou como Cleiton Xavier no Chile; ou como Diego Souza em Recife, ou como São Marcos nos pênaltis. Ou como Pierre que sofre com problemas particulares mas está lá, com a segunda pele.

Olhem para os olhos de cada jogador. Verão em quase todos a vontade de vencer! A vontade de honrar a história da Sociedade Esportiva Palmeiras.


E não esqueçam daqueles que já pararam. Nunca! Respeitem a história, conheçam a história, recontem a mesma história, como faz brilhantemente nossos amigos historiadores. Criem a aura mística mas nunca esqueçam que todos eram humanos.

Aqui, hoje e sempre, somos Palmeiras.

Amigos, até nisso o Palmeiras é diferente.

Porque é o único clube deste planeta, quiçá do Universo, a ter um jogador humano mas chamado de divino.

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Jota Christianini é Diretor do Departamento de
Acervo e História da SE Palmeiras e - agora - escreve
todas as 5as feiras no 3VV.


Que nos traga bons fluídos para o jogo de hj... assim como a visita ao Palestra Itália dos heróis de 10 anos atrás... e do mestre Felipão.

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